Explanação com o psicólogo Flávio Urra está disponível no canal da Prefeitura de Suzano no Youtube
O curso de Promotoras Legais Populares (PLPs) recebe nesta terça-feira (29/08) o psicólogo e sociólogo Flávio Urra. O profissional, que é especializado em Violência Doméstica pelo Laboratório de Estudos da Criança/Instituto de Psicologia da USP (Lacri-Usp), encerra a programação do “Agosto Lilás” com uma explanação inédita sobre o papel dos homens no enfrentamento à violência contra a mulher. O conteúdo completo está disponível no canal do Youtube “TV Prefeitura de Suzano” (http://bit.ly/TVPrefeituradeSuzano ).
A aula propõe a discussão sobre gênero e masculinidade no enfrentamento à violência familiar. Na oportunidade, o psicólogo detalha o trabalho desempenhado pelo programa “E Agora, José?”, que visa a capacitação sobre os impactos e as consequências do machismo na vida de homens e mulheres. A iniciativa trata-se de uma parceria estabelecida entre a associação “Entre Nós” Assessoria, Educação e Pesquisa (Enaep), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), a Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Urra explica que o foco é auxiliar os condenados pela Lei Maria da Penha (lei federal nº 11.340/2006), por meio da profunda abordagem sobre gênero e masculinidade. No entanto, a ação é recomendada para qualquer homem interessado no tema da luta contra o machismo e seus impactos, sobretudo a violência doméstica e o feminicídio.
Vale lembrar que ao longo de todo o mês de agosto as PLPs tiveram aulas temáticas, conhecendo a história e trajetória de Maria da Penha Maia Fernandes, com a professora e advogada Patrícia Braga; adquirindo informações sobre os serviços prestados pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e da Sala Rosa, com a delegada Silmara Marcelino e a advogada e presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB Suzano, Maria Margarida Mesquita; conhecendo também o Centro de Referência de Apoio à Vítima (Cravi), com a coordenadora Silvia Rangel; e o trabalho da Patrulha Maria da Penha, com o auxílio da coordenadora Jaqueline Ferreira.
De acordo com a coordenadora do curso de Promotoras Legais Populares, Sandra Lopes Nogueira, a abordagem sobre masculinidade e a inserção dos homens no debate sobre a violência doméstica é de suma importância. “É preciso entender o que se passa e acolher os homens dentro da proposta. A violência doméstica está intrinsecamente ligada ao machismo, à maneira como a sociedade foi construída e como os jovens são educados dentro de uma normativa previamente imposta”, explica.
Para a dirigente do Serviço de Ação Social e Projetos Especiais (Saspe), Larissa Ashiuchi, estes traços precisam mudar, contando com o trabalho conjunto de homens e mulheres pela desconstrução do machismo, da misoginia, da homofobia, do racismo e de outras formas de violência e discriminação. “Receber o psicólogo novamente é motivo de alegria. A ideia é sempre fomentar a inclusão dos homens neste diálogo, para que seja possível intensificar a rede de apoio masculino e intensificar a busca por uma sociedade mais justa e igualitária com as mulheres”, finalizou.
Crédito das fotos: Luana Bergamini/Secop Suzano