Entenda o motivo da guerra em Israel 2023 e os ataques do Hamas e o porque a guerra em Israel foi retomada em 2023 após ataques do grupo Hamas com disparo de mísseis da Faixa de Gazahttps
O conflito bélico iniciado no último sábado (7) em Israel após um ataque do grupo radical Hamas já deixou mais de 800 mortos até este domingo (8). A guerra tem como principal motivo uma disputa por territórios que já resultou em confrontos sangrentos em anos anteriores.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, ontem, que o país está “em guerra” após o ataque surpresa do grupo armado palestino. Entenda, a seguir, o motivo da guerra em Israel.
Motivo da guerra em Israel 2023
Entenda o motivo da guerra em Israel 2023 e os ataques do Hamas. Esses conflitos armados em Israel tiveram início em 1948, um ano após as Nações Unidas propuserem a criação de dois territórios na Palestina: Israel, que abrigaria os judeus após as perseguições do Holocausto, e o Estado da Palestina, que abrigaria palestinos muçulmanos.
Somente os judeus aceitaram o acordo. Isso fez com que o Estado Palestino nunca viesse a ser criado oficialmente.
Após a criação do Estado de Israel, parte dos palestinos não aceitou essa divisão de território, e busca, desde então, a retomada dessas áreas. Diversos conflitos armados já aconteceram ao longo dos anos com esse objetivo.
Um deles foi a Guerra dos Seis Dias, em 1967, vencida por Israel. Na ocasião, o país tomou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, então sob controle da Jordânia, e a Faixa de Gaza, que era administrada pelos egípcios, aumentando ainda mais a tensão entre israelenses e palestinos.
Geograficamente, esses dois territórios estão separados por Israel, que fica posicionado entre eles.
Em 1973, teve início a Guerra do Yom Kippur, em que os países derrotados na Guerra dos Seis Dias tentaram reaver os seus territórios. Israel, porém, obteve nova vitória com apoio dos Estados Unidos
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Diversos conflitos passaram a ocorrer desde então, inclusive depois da virada dos anos 2000. O último deles foi registrado em maio de 2021, quando Israel e o Hamas trocaram pesados bombardeios. Civis israelenses e palestinos morreram na ocasião.
Israel deixou a Faixa de Gaza
Com isso, em 2005, Israel deixou a Faixa de Gaza, que passou a ser controlada pelo grupo armado Hamas. Porém, Israel segue com colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Entretanto, os palestinos, por sua vez, buscam reconhecimento internacional como um país, o que não aconteceu até hoje, e exigem a debandada dos israelenses desses locais.
Apesar de existir uma Autoridade Nacional Palestina (ANP), ela não tem legitimidade entre os palestinos e perdeu força ao longo dos anos devido a acusações de corrupção e obstrução no processo de paz.
A comunidade internacional detém a ideia da criação de um Estado Palestino como a solução para o fim dos conflitos com os israelenses.
O que é Hamas, que atacou Israel?
A princípio, um dos grupos palestinos que realiza ofensivas contra Israel é o Hamas, uma consolidada organização islâmica radical armada que reivindica a retomada do território por meio de avanços de guerra. Israel classifica o Hamas como grupo terrorista.
O grupo teve origem em 1987 após a primeira investida palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, em sua carta de fundação, a organização islâmica estabeleceu dois objetivos: promover a luta armada contra Israel e realizar programas de bem-estar social.
Desde 2006, o Hamas tem o controle da Faixa de Gaza, após expulsar a autoridade palestina local. Foi de lá que partiram os mísseis que atingiram Israel no último sábado.
Esses radicais buscam a extinção do Estado de Israel e a tomada da região para a Palestina.
O que está acontecendo em Israel?
Em um comunicado à Al Jazeera, o porta-voz do Hamas, Khaled Qadomi, explicou que a ofensiva deste sábado seria uma resposta aos ataques israelenses contra os palestinos ao longo das décadas.
O Hamas afirmou que disparou pelo menos 5 mil foguetes, enquanto Israel confirmou que os combatentes do grupo entraram no seu território por terra e mar.
Até este domingo (8), segundo dia de conflito, pelo menos 800 pessoas haviam morrido no confronto.
Nas últimas horas, diversos líderes mundiais se pronunciaram sobre o confronto. Joe Biden afirmou que o apoio dos Estados Unidos a Israel é “sólido como uma rocha”. O presidente Lula disse que repudia qualquer tipo de terrorismo