Começou a funcionar nesta segunda-feira (6) a primeira tenda para atendimento a pessoas com sintomas de dengue na cidade de São Paulo.
O equipamento está dentro da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 26 de agosto, na Vila Carmosina, região de Itaquera, zona leste da capital.
Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela secretaria, o distrito de Itaquera tem o maior número de casos de dengue na cidade nos primeiros 30 dias do ano. No período, foram 337 confirmações da doença com coeficiente de incidência de 157,8 (taxa que determina o número de casos por 100 mil habitantes). Em todo o município há 3.344 registros de dengue.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, a tenda é uma ação preventiva em caso de aumento de registros de dengue na região. Até 10h30 da manhã desta terça-feira (2) apenas dois pacientes haviam sido atendidos no local.
“Temos observado na região de Itaquera que nas residências as pessoas gostam muito de plantas, têm muitos vasos e isso é um dos motivos que tem aumentado os casos de dengue. Temos encontrado em várias residências pratinhos de plantas com as larvas do mosquito”, diz o secretário.
Até a noite desta segunda-feira (5), 30 pessoas estavam internadas com a doença nos hospitais municipais. Do total, dez são da zona leste, segundo o secretário. A cidade registrou quatro mortes suspeitas pela doença uma foi descartada e três permanecem em investigação.
Por enquanto, de acordo com Zamarco, não há a intenção de abrir novas tendas.
“Não vemos necessidade, porque nos preparamos bastante em 2023 com a abertura de novos serviços. O prefeito inaugurou UPAs, UBSs [Unidades Básicas de Saúde], reformamos as UBS, capacitamos os funcionários na identificação e no tratamento da dengue, e compramos o teste rápido para todas as unidades. Isso trouxe agilidade, uma resposta rápida na cidade e não impacta os atendimentos de saúde”, afirma.
USO DE DRONES
A Secretaria Municipal de Saúde passou a utilizar drones para a aplicação de larvicida em locais de difícil acesso que precisam de intervenção.
Cerca de 100 agentes de endemias atuam nas visitas casa a casa em Itaquera com o intuito de buscar criadouros do mosquito e orientar a população em toda a cidade são 12 mil agentes. A ideia é repetir as ações em todo o município.
“Onde nossos agentes não conseguirem entrar utilizamos os drones. Primeiro, notificamos os proprietários desses imóveis, orientando que disponibilizem a abertura para os nossos agentes entrarem e aplicarem o larvicida nos locais onde existem os criadores. E nos casos onde não tivermos sucesso para poder encontrar esse proprietário, nós vamos utilizar um drone que vai aplicar o larvicida”, afirma Zamarco.
FOLHAPRESS