InícioSexo & SensualidadeFicar sério é o mesmo que namorar? Especialista esclarece dúvidas

Ficar sério é o mesmo que namorar? Especialista esclarece dúvidas

Sem dúvidas, aquela temida ambiguidade na relação pode criar um cenário nebuloso, exigindo comunicação aberta para alinhar expectativas e garantir uma evolução saudável do vínculo.
Pensando em todos esses questionamentos (extremamente válidos, por sinal), entrevistamos a sexóloga clínica Bárbara Bastos, Ficar sério demanda compromisso. Por mais que a relação de ficante não seja bem definida (e tampouco possua rótulos), Bárbara Bastos afirma que, sim, esse formato de afeto demanda um certo compromisso: “Deve haver respeito e, às vezes, até fidelidade entre os envolvidos”, afirma.
Inclusive, a sexóloga explica que “ficar sério” é bem diferente do “ficante casual”, onde não há promessas que envolvam um possível namoro.
Ficar sério é diferente de namorar? Segundo a profissional, a diferença entre “ficar sério” e ter um namoro está no nível de compromisso entre as pessoas envolvidas.
“Podemos nos ver com frequência, mas ainda não temos um compromisso formal, como um pedido de namoro”, clarifica.
Dito tudo isso, Bárbara afirma ser importante reforçar que essas diferenças não são uma regra. “O significado pode variar de acordo com a cultura, a sociedade e as expectativas individuais de quem está envolvido.”
Até quando ficar sério é saudável? De acordo com a sexóloga, esse formato é inofensivo quando estamos começando a nos envolver com alguém. “Começamos a passar mais tempo juntos, compartilhar mais sobre nossas vidas e nos envolver em um nível mais profundo”, diz.
Nesse contexto, Bárbara explica que a exclusividade é uma forma de demonstrar esse compromisso, sendo um sinal de que o relacionamento está progredindo para um nível mais sério.
Será que tenho medo de compromisso? Bárbara Bastos aconselha apostar na sinceridade e honestidade consigo: “Só assim conseguimos ter clareza dos próprios sentimentos, entendendo quais são os reais objetivos com o relacionamento no momento de vida”, diz.
Ela declara que não assumir um relacionamento, muitas vezes, pode ser uma fuga, uma espécie de saída para não encarar o compromisso verdadeiro. Se este for o seu caso, não se esqueça: mesmo sem o rótulo do namoro, a presença da responsabilidade afetiva ainda é muito necessária.
Rótulos são importantes? Tudo depende: segundo Bárbara, a relevância de definir um relacionamento depende de cada pessoa e da relação em questão. “Para muitos, definir o vínculo é essencial para comunicarmos expectativas, compromisso e metas. Para outras, os rótulos podem ser limitantes ou desnecessários”, afirma.
É interessante ressaltar que, quando sabemos o que esperar de uma relação, conseguimos evitar mal-entendidos e frustrações com uma maior facilidade.
Obviamente, também existem os contras de rotularmos os nossos afetos: “Pode ser muito limitante Eu posso estar em um relacionamento sério, mas não querer me casar”, exemplifica. Além disso, as definições acerca do amor podem criar expectativas irreais sobre o que uma relação deveria ser.
Sendo assim, o mais indicado é encontrar um equilíbrio entre aproveitar o momento, não se preocupando com o que o relacionamento é chamado, mas sem deixar de nutrir a dinâmica entre os dois.
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