Plantio simbólico de mudas marca início de produção de molho 100% produzido na Estância pelos ‘Pimentinhas do Brasil’
Em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, Ribeirão Pires contou com o 5° Encontro Huracán para crianças e jovens com Síndrome de Down e suas famílias. Realizado em parceria com a Prefeitura de Ribeirão Pires, por meio da Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social, e patrocínios da franquia Sodiê Doces, Padaria Maristela, Big Real e Pipocas Odília, o evento foi realizado, na tarde desta quinta-feira, no restaurante mexicano Hurácan Tex Mex, no Centro da cidade.
Idealizado pela empresária Fabiana Gonçalves, mãe do pequeno Lorenzo, 9 anos, o encontro Hurácan, tem o objetivo de promover a conscientização e a necessidade de acolhimento das famílias, principalmente das mães que, na maioria das vezes, são as que acompanham de perto o dia a dia dos filhos com Síndrome de Down.
Neste ano, a iniciativa ganhou mais uma motivação: o pontapé inicial da ONG em Ribeirão Pires, na divisa dos bairros Santa Luzia e Barro Branco, que capacitará profissionalmente jovens com síndrome de down através do projeto Pimentinhas do Brasil. “É preciso criar oportunidades para que eles entrem no mercado de trabalho com capacitação e alguma experiência. Através do projeto, eles aprenderão sobre todo o processo, do plantio à fabricação”, comentou Fabiana, idealizadora do projeto.
Vinte e uma mudas de pimenta foram plantadas – simbolicamente – em vasos pelas crianças durante o evento. “Elas serão replantadas na sede da ONG e daqui a cinco meses faremos a colheita para o início da produção. Pimentinhas do Brasil trará molhos 100% produzidos em Ribeirão Pires”, completou.
A atividade contou com a presença da presidente do Fundo Social de Solidariedade, Lígia Volpi, e da subsecretária de Assistência, Participação e Inclusão Social, Michele Mariz Nogueira.
Maria Natalia Soares de Oliveira e Sueli dos Santos Silva, mães de Sophia Soares Silva, 19, e Kauê Augusto dos Santos Silva, 23, respectivamente, reforçaram que o mercado de trabalho não está aberto para quem tem síndrome de down. “Quando são crianças, há muitos incentivos e atividades. Eles crescem e o mercado não absorve. Há espaço para o deficiente físico, auditivo, mas não ‘encaixam’ nossos filhos”, completou Maria.
Na ocasião, além de pintura facial e escultura em bexigas, as crianças tiveram contato com a capoeira, em parceria com o Mestre Pelé, coordenador do projeto Capoeirando, da Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social; e com animais resgatados pela equipe de Educação Ambiental do Departamento de Proteção à Fauna.