InícioAndré MeloA felicidade depende de você

A felicidade depende de você

Era um final de semana perfeito para um passeio. O jovem casal, após turbulenta semana no labor, decide espairecer no parque municipal, ante ao esplendor da natureza. Mesmo com escassos recursos, seguiram na robusta bicicleta, levando consigo apenas alguns níqueis para aquisição de água e um lanche.
O caminho longo e pedregoso não abalava a alegria do casal. Ele imprimia fortes pedaladas. Ela, ocupando a garupa, administrava os choques causados pelos impactos na vereda de solo irregular. O desconforto não era páreo para as risadas proferidas.
Na mesma via, outro casal seguia, no mesmo sentido, em um confortável veículo automotor. Ambos silenciosos e expressão casmurra. Em certo trecho da via, depararam-se com aclive acentuado. A falta de acostamento, obrigava o casal de bicicleta utilizar parte da faixa de rolamento, o que causou ira no motorista, que acionava abruptamente a buzina e proferia xingamentos. No conforto da SUV automática, ignorava a dificuldade do ciclista.
Tomado por fúria, o motorista efetuou ultrapassagem proibida, em local de faixa contínua, externando a curta paciência. Reiterou as ofensas e saiu, cantando pneus.
Os jovens ciclistas, assustados, sentiram-se aliviados com o distanciamento do automóvel e decidiram que a intercorrência não afetaria seus dias. A muito custo chegaram no destino e, sem luxo ou extravagância, divertiram-se muito, descansaram e apreciaram a natureza, até o pôr do sol. Exerciam a felicidade, sem um belo carro, com escassas moedas, sem vestes caras. Apenas eram felizes. Qual motivo para tanta felicidade? Valorizavam intensamente tudo o que tinham.
A felicidade não está contida nas coisas, mas dentro de si. Podemos ser felizes valorizando a saúde, a companhia de pessoas queridas, a natureza gratuita ao nosso dispor. Não há nada de errado na aquisição de bens, mas sabemos que o ouro não é a fonte da felicidade. Ao exemplo do casal que ocupava o luxuoso carro, emanava deles o mau humor, a amargura. O dinheiro não comprou a alegria.
Vamos olhar para dentro de si. Para tudo de bom que a vida nos proporciona. Valorizar as pessoas colocadas em nosso caminho. As oportunidades que batem em nossa porta. Os sorrisos, as gargalhadas que espantam qualquer manifestação contrária à felicidade.
O pouco, quando valorizado é mina de ouro. Um banho em águas termais é fascinante, mas banho de chuva de verão é exuberante.

André Luiz Costa de Melo Escrivão de PolÍcia- 1º DP de Suzano

Publicações Relacionadas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Populares

Últimos Comentários

Leonardo on De mulher para Mulher
Tatiane Alves dos Santos on De mulher para Mulher