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Em sessão solene em homenagem aos 116 anos da imigração japonesa, cônsul diz que Suzano é exemplo de “povo acolhedor” para colônia japonesa

Os 116 anos da imigração japonesa no Brasil foram celebrados em sessão solene realizada na noite de sexta-feira (21) no Plenário da Câmara de Suzano. O evento foi comandado pelo vice-presidente do Legislativo suzanense, Marcio Alexandre de Souza (PL), o Marcio Malt, e contou com a participação dos parlamentares Artur Takayama (PL); Jaime Siunte (Avante); Lazario Nazaré Pedro (Republicanos), o Lázaro de Jesus; e Pedro Ishi (PL).

Representando o governo japonês no evento, o cônsul para Assuntos Gerais e Políticos do Japão em São Paulo, Daisuke Hattori, disse que Suzano “é um exemplo claro de que aqui, neste imenso país, aqueles imigrantes encontraram um povo acolhedor, não apenas para construir uma nova vida, mas para cultivar também as tradições ancestrais, transmitindo esta preciosa herança cultural para seus descendentes”.

Artur Takayama falou no evento em nome dos vereadores. Ele destacou que a sessão solene obedece à resolução 004/2010, de autoria do ex-vereador Arnaldo Marin Junior, o Nardinho, atual secretário de Esportes e Lazer de Suzano. Impossibilitado de comparecer ao evento, Nardinho deixou uma mensagem, que foi lida por Takayama: “Ele disse que fez o projeto de resolução como forma de agradecimento a toda a colônia japonesa, pelo que fizeram por Suzano, por São Paulo e pelo Brasil.”

Takayama recebeu uma homenagem surpresa na noite, assim como o prefeito Rodrigo Ashiuchi (PL). Além deles, 22 representantes da colônia japonesa de Suzano foram condecorados com uma placa comemorativa: William Shuhei Fujikura e Mikio Sawada, da Associação Cultural, Esportiva e Agrícola de Suzano (Aceas Nikkey); Roberto Katsumata e Minor Harada, da Associação Cultural Suzanense (Bunkyo); Eduardo Massao Kusunoki e Lucia Noriko Kimura Ito, representada pela filha Adriana Ito, da Associação Fukushima Kenjin de Suzano; Hisako Higa e Pedro Nakamura, da Associação Okinawa de Suzano; Nobuyoshi Ito e Tsutomu Kaminishikawahara, da Associação Recreativa e Assistencial Guaió Shimbokukai de Suzano; Sérgio Tokuzumi e Edson Mitsuo Miura, da Casa de Repouso Ipelândia Home (Enkyo); Yulico Shiguedomi Anraku e Toru Arai, do Clube Agrícola Boa Vista, representado pelo filho, Milton Arai; Firochi Mifune e Yasuko Horigone Nakajima, da Seicho-No-Ie; Harumi Yanase Ozono e Iashito Kajiwara, do Templo Honpa Hongwanji de Suzano; Renata Miyoko Shimada e Marina Oda Obuchi, do Templo Kongoji de Suzano; e Seijiro Hatanaka e Fumiko Hatanaka (in memoriam).

O prefeito Rodrigo Ashiuchi agradeceu a homenagem recebida. Ele contou a trajetória dos avós japoneses que vieram ao Brasil e disse que a vida dos imigrantes nunca foi fácil. “Houve muita luta, dedicação, desafios. Muitos largaram a família do outro lado do mundo e nunca mais tiveram a oportunidade de ver os seus pais, seus avós, enfim, seguiram um caminho diferente”, disse, ressaltando que, em Suzano, a colônia japonesa é uma das mais fortes nos 75 anos da história da cidade, com grande participação de descendentes na política e outras áreas.

Representando os homenageados, William Shuhei Fujikura, da Aceas Nikkey, também contou a trajetória de sua família, que se especializou na produção de ovos de codorna e cuja tecnologia de sexagem, que foi desenvolvida por seu pai, começou a ser exportada. “Temos uma comunidade muito forte e o poder público fazendo o máximo possível pela cidade, que está crescendo.”

O assessor Expedito Tobias, representante do deputado estadual Marcos Damasio (PL) na sessão solene, disse que o evento é “uma homenagem justa para todos aqueles que colaboraram e colaboram para o Brasil”. Mário Hirofumi Kajiwara, bispo da missão sul-americana Jodo Shinshu Honpa Hongwanji e presidente da Federação Budista Jodo Shinshu, fez agradecimentos aos ancestrais japoneses que vieram ao Brasil e ao povo brasileiro que os acolheu. “Esperamos sempre fazer o melhor possível, para que o desenvolvimento da sociedade possa acontecer cada vez mais.”

Jun Suzaki, primeiro diretor vice-presidente do Enkyo de São Paulo também parabenizou a iniciativa da Casa de Leis. Ele disse que ele mesmo é um imigrante, tendo chegado ao Brasil em 1955, com 6 anos. “Pude conhecer bastante a vida difícil das pessoas que vieram como imigrantes do Japão para cá. Agradeço as pessoas que tiveram coragem de enfrentar tudo isso e conseguiram que a comunidade japonesa se integrasse aqui no Brasil. Hoje vemos a difusão da gastronomia, da cultura japonesa e das tradições.”

Também compuseram a mesa solene do evento Fabricio Ciconi Tsutsui, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Suzano, e a primeira-dama Larissa Ashiuchi. Outros representantes de entidades nipo-brasileiras, secretários e demais autoridades acompanharam o evento do Plenário.

A sessão ainda contou com apresentação do cantor Joe Hirata, considerado um dos maiores representantes da música japonesa no Brasil, e de shamisen (instrumento de corda típico japonês) da Associação Okinawa de Suzano, por Hisako Ishikawa, Célia Taira Penha, Tereza Higa, Tatsuo Nishime e Yoshimi Gishitomi Barbieri.

No encerramento da sessão, Marcio Malt disse que o Brasil é um “país multicultural e a cultura do povo japonês muito nos ensinou”.

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