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Com a volta às aulas, diretor e especialista esclarece dúvidas sobre as experiências educacionais com alunos com TDAH

Colégio no Rio de Janeiro, que já capacita professores, agora ensina pais e familiares a identificar problemas, auxiliar no aprendizado e relacionamento escolar dos alunos.

Brasil, julho de 2024 – Um momento muito esperado por crianças e adolescentes está prestes a começar: a volta às aulas! Um grande motivo para reencontrar os amigos, brincar e aprender coisas novas. Este mês também marca a conscientização sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), destacando a importância de abordagens educacionais inclusivas.

Embora a expectativa seja grande por parte dos estudantes, é fundamental instruí-los de maneira adequada para colaborar com experiências ainda mais positivas, seguras e proveitosas. Para crianças com TDAH, a volta às aulas pode não ser tão divertida, pois o transtorno afeta significativamente o processo de aprendizagem e os relacionamentos com colegas e professores.

No caso de crianças típicas, a antecipação da rotina, mesmo que um pouco antes das férias acabarem, é suficiente para regular os horários. “É necessário estar atento à vida acadêmica dos nossos filhos para estimular o desenvolvimento, a autoconfiança e o interesse das crianças em aprender, o que impacta diretamente o dia a dia escolar deles”, afirma Gabriel Frozi, CEO da Rio Christian School – o primeiro colégio na América Latina voltado ao ensino bilíngue para crianças com TDAH.

Um estudo do Programa de Transtornos de Déficit de Atenção/Hiperatividade (Prodah), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Hospital de Clínicas, encontrou uma prevalência de 5,8% de TDAH em crianças e adolescentes. Com aproximadamente 50 milhões de brasileiros entre 5 e 19 anos, isso significa que cerca de 2,5 milhões possuem o transtorno. O TDAH pode ser diagnosticado oficialmente a partir dos sete anos, justamente no período de alfabetização, colocando o Brasil dentro do patamar internacional, com ocorrência entre 4% e 5% em crianças em idade escolar.

Diversos estudos mostram que o déficit de atenção, associado ou não à hiperatividade e impulsividade, frequentemente compromete o rendimento escolar. Tendo em vista as necessidades de cada criança, é crucial traçar um perfil personalizado para que um trabalho adequado possa ser realizado quando esse aluno voltar à sala de aula.

Uma comunicação efetiva e segura com a criança é o primeiro passo para iniciar esse processo. O carinho, o amor e a atenção nesse momento são fundamentais. Uma sessão de planejamento com a criança para conversar sobre dificuldades na escola, medos, inseguranças, desafios e expectativas também deve ser realizada e posteriormente examinada com o professor.

Todo o trabalho com uma criança ou adolescente com TDAH é diário e constante. Uma família unida, aliada a uma escola competente e participativa, é fundamental para que o aluno se desenvolva efetivamente, superando as dificuldades do TDAH.

Gabriel Frozi, fundador da escola Rio Christian School, criou um sistema inovador de ensino que facilita o processo de adaptação dessas crianças e adolescentes no ambiente escolar. Esse sistema prioriza a participação em sala de aula, o comprometimento com os deveres de casa e a atuação em projetos. O modelo tradicional aplicado na instituição contempla ambientes e atividades diferenciadas, onde o professor é o facilitador do processo ensino-aprendizagem, favorecendo a interlocução e socialização. Além disso, há a instrução bilíngue, que permite a aquisição total da língua inglesa em 50% do ensino, preparando os alunos para universidades brasileiras e internacionais. “Incentivamos o respeito ao indivíduo, suas potencialidades e diversidades, valorizando a inclusão social num ambiente cooperativo, propiciando a vivência de valores cristãos”, explica Frozi.

A adoção de métodos e recursos que estimulam a participação e o foco do estudante, a prática e estímulo à repetição, um comando por vez de forma objetiva e clara, além do reforço positivo na construção do aprendizado, são estratégias valiosas que precisam ser adotadas. “Nosso sistema não é baseado apenas em provas. Se um aluno não tira boa nota na avaliação, mas cumpre com as demais obrigações, pode ser aprovado desde que consiga a média 7”, explica Gabriel sobre o método utilizado na escola, salientando que os alunos são submetidos a um sistema de avaliação no qual 15% da nota se refere à participação, 25% ao dever de casa, 30% a pequenos projetos e 30% à prova bimestral. Essa proposta impacta diretamente as crianças e jovens, capacitando-os positivamente e diminuindo drasticamente o índice de reprovação escolar.

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