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Cinco atitudes que pais e mães deveriam colocar em prática após o divorcio

Advogada Andressa Gnann cita comportamentos que ajudam a preservar os filhos após o fim de um relacionamento

Um divórcio não costuma ser fácil, por mais que o casal consiga manter a cordialidade e o respeito um pelo outro. E quando há crianças no meio da relação, muitas vezes os ânimos costumam ficar ainda mais exaltados e são os pequenos que sofrem as consequências. Como evitar que isso aconteça?

Segundo a advogada e empresária Andressa Gnann, sócia fundadora e gestora do escritório Gnann e Souza Advogados, considerado como Referência Nacional e Melhores do Ano em Advocacia e Justiça, é importante que pais e mães consigam colocar algumas atitudes em prática com o objetivo de preservar os filhos. “Algo super importante e que serve para ambos é saber separar a relação entre ex-casal e entre pai e mãe, afinal, o casal pode não existir mais, porém, eles serão para sempre pais e mães dos filhos, não dá para cortar esse vínculo e essa história”, afirma. 

Confira cinco atitudes que devem ser colocadas em prática após um divórcio para que a paternidade e a maternidade continuem sendo exercidas da melhor forma independentemente do ocorrido:

  1. Preservar o respeito mútuo entre ex-cônjuges – Ainda que a relação amorosa não tenha dado certo, quem é pai e mãe precisa entender que exercerá esse papel para o resto da vida, por isso manter o respeito ao ex-parceiro é fundamental. “O ex-parceiro ou ex-parceira pode ter sido péssimo como marido ou mulher, todavia, continua sendo pai ou mãe de seus filhos. Então, o respeito mútuo entre ambos deve prevalecer, pois nenhuma criança gosta de ver seu pai ou sua mãe sendo desrespeitado”, ressalta Andressa Gnann. 
  2. Não falar sobre o pai ou a mãe na frente da criança – Muitos  ex-casais costumam não medir as palavras para falar mal do pai ou mãe dos seus filhos, algo que não pode acontecer. “Costumo dizer aos clientes que nenhuma criança quer ter maus pais, por isso vale evitar a todo custo criticar o ex companheiro ou companheira na frente delas e manter uma relação cordial e respeitosa pelo bem das crianças. E muitos acham que a criança não está prestando atenção, mas elas ouvem tudo. Então, deixe para falar do ex companheiro ou companheira na terapia ou com seu advogado e em todas as situações longe dos filhos.”, afirma a advogada. 
  3. Entender que a criança tem direito à pensão alimentícia e saber que pensão alimentícia não é somente para alimentos – Com um divórcio, é natural que uma das partes assuma a guarda e passe a ter que lidar com a questão das despesas. Quem tem a guarda deve entender que a outra parte precisa ajudar financeiramente, pois é um direito da criança. E quem não possui a guarda também precisa entender que é dever arcar com a pensão alimentícia judicialmente. “Muitas mulheres especialmente deixam de pedir pensão alimentícia porque acham que é uma humilhação, mas precisam lembrar que a pensão alimentícia é um Direito da criança e quem detém a guarda tem o dever de exigir a pensão alimentícia judicialmente, assim como o outro genitor tem o dever de contribuir financeiramente”, diz Andressa Gnann. Ela sugere que seja feito um levantamento das despesas dos pequenos para que a pensão alimentícia seja mais justa e equilibrada, devendo sempre focar em manter o padrão de vida da criança, mesmo após a separação do casal. 
  4. Estimular a convivência – Com exceção de casos que coloquem em risco a segurança das crianças, é importante que a convivência delas com o pai ou mãe seja mantida, estabelecida e, acima de tudo, estimulada. “Ser pai ou mãe a cada 15 dias não é o ideal, por isso é importante estimular a convivência com o outro genitor, seja um dia a mais por semana ou alguma atividade específica. Além disso, outras formas de contato podem ser estabelecidas e, dependendo da idade da criança, mensagens via whatsapp ajudam a preservar o contato”, orienta a especialista, que reforça a necessidade da presença de ambos os pais na fase de desenvolvimento, pois a ausência acabará afetando a criança na fase adulta.
  5. Não usar a criança como “pombo correio”– Segundo Andressa Gnann, muitos ex-casais costumam usar os filhos como uma ferramenta para saber do ex-parceiro ou parceira ou, ainda, para enviar recados. “Isso é muito desagrádavel e faz muito mal às crianças, por isso quem quer preservar os filhos após uma separação deve deixá-los longe desse tipo de coisa. Eles não têm que ficar no meio de qualquer investigação que os ex-parceiros queiram fazer e muito menos enviar recados, inclusive, quando diz respeito à pensão alimentícia”, finaliza a advogada.
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