Compêndio abarca iniciativas das DDMs no enfrentamento à agressão doméstica e familiar; dirigentes do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) estão entre as autoras da obra
As Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) desempenham papel crucial no combate à violência doméstica e familiar e suas experiências bem-sucedidas, agora, poderão ser compartilhadas por meio do livro “Delegacias de Defesa da Mulher: Gestão e Boas Práticas no Estado de São Paulo”. A obra será lançada nesta sexta-feira (30/8), na capital, às 18h, no Centro Brasileiro Britânico (rua Ferreira de Araújo, 74 – Pinheiros). A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), Jacqueline Valadares, e a diretora da entidade, Dannyella Gomes Pinheiro, estão entre as autoras do compêndio.
Organizado por Araceli Martins Beliato e Soraya Libardi Galesi, com publicação pela Editora Mizuno, o livro oferece um panorama detalhado das práticas inovadoras e eficazes implementadas pelas DDMs paulistas, ao longo dos anos, e que servem de referência para replicação em diversos contextos sociais:
“A violência contra grupos vulneráveis, em especial mulheres, crianças e adolescentes, é uma realidade persistente no nosso País e um desafio à sociedade e às autoridades. Esta obra tem papel de extrema relevância neste contexto, pois traz histórias de resiliência, inovação e transformação das vítimas, bem como a atuação de profissionais devotadas nas DDMs”, destaca Jacqueline, delegada de Polícia desde 2012.
A presidente do Sindpesp participa da obra com o capítulo que examina o uso do depoimento especial em sede policial. A delegada compartilha sua experiência e impressões quanto ao uso deste recurso legal como garantia do respeito à dignidade humana de crianças e de adolescentes vítimas de violência.
Por sua vez, Dannyella escreve sobre o impacto positivo de equipes multidisciplinares, incluindo assistentes sociais e psicólogos, nas DDMs. A delegada e diretora do Sindpesp ilustra o capítulo a partir de sua experiência prática à frente da 3ª DDM da capital:
“Lançamos mão de um atendimento holístico e que melhorou, e muito, o acolhimento às vítimas”, defende.
Maria da Penha
No último dia 21 (quarta-feira), as autoras do livro participaram de uma cerimônia, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, cuja história de violência de gênero deu origem à Lei Maria da Penha (11.340/2006). Há poucos dias, a legislação completou 18 anos de vigência no País. Na oportunidade, a presidente do Sindpesp presenteou a homenageada com um exemplar de “Delegacias de Defesa da Mulher: Gestão e Boas Práticas no Estado de São Paulo”.
Mulheres
A obra que será lançada oficialmente nesta sexta foi organizada e escrita exclusivamente por policiais civis mulheres: um total de 24. Com prefácio de Artur José Dian e apresentação de Júlio Gustavo Vieira Guebert, o livro tem 320 páginas e é leitura recomendada para profissionais de Segurança Pública, gestores, pesquisadores, formuladores de políticas e todos os interessados em aprimorar a proteção e o atendimento às mulheres, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no País.
A sessão de autógrafos acontece a partir das 18h, no Centro Brasileiro Britânico. “Delegacias de Defesa da Mulher: Gestão e Boas Práticas no Estado de São Paulo” também está disponível para compra nas principais livrarias e plataformas on-line e no site www.editoramizuno.com.br.