Mais um ano bissexto termina, interessante que mesmo com um dia a mais ele pareceu correr mais rápido do que o normal, na minha perspectiva, realizei muita coisa este ano, e ainda tem muito chão pela frente.
Este ano publiquei três livros, vendi alguns, tive uma noite de autógrafos, e tenho mais três livros em construção. Acho que peguei a veia de escritor de ficção e mistério.
Por outro lado, me sinto muito gratificado por ter concluído meu Trabalho de Curso de Direito – Autismo: Responsabilidade Civil, que é um Artigo Científico que explora a Responsabilidade Civil em relação ao Portador de TEA (Transtorno do Espectro Autista), em todos os aspectos legais.
Então posso dizer que no caráter intelectual eu me sinto bem produtivo.
Claro que sempre temos revezes, carro quebrado, alguma dor de cabeça ou de barriga, mas isso faz parte e serve para valorizar tudo de bom que acontece com a gente.
Natal se aproximando, festança, comilança, presentes, festas e muita magia em forma de Papai Noel e muita religiosidade nos Presépios.
Gosto sempre de lembrar a história dos três Reis Magos e do Quarto que chegou atrasado, mas tão importante quanto os outros. Porque a busca dele pelo Rei dos Reis, nosso senhor Jesus resultou em uma vida santa de abnegação e caridade e as pérolas que havia separado para dar ao menino foram distribuídas para os necessitados.
No dia que chegou a Jerusalém era o dia da crucificação, lamentou a demora, mas no seu leito de morte recebeu a visita do Cristo que o levou para a recompensa eterna.
Esse é o ensinamento que mais me toca, não adianta ser bom só no dia de Natal, temos que trilhar o caminho do bem e da caridade todos os dias.
Porque o Natal é marcado apenas com a passagem do tempo e nossa vida é eterna e tudo que realizamos é a única bagagem que levaremos para outra existência.
Cada doutrina religiosa vê a passagem pela vida de uma forma singular, mas todas são unânimes de que somente a caridade é o caminho correto para ser trilhado.
Francisco de Assis prega que onde houver trevas que eu leve a luz, onde houver discórdia que eu leve a união e não há momento mais propício para se unir e iluminar-se do que agora, quando estamos todos com os corações abertos pelo amor emanado pelo Cristo.
Quando era criança tínhamos uma tradição, montar o presépio na casa de minha Avó, cada criança punha um animalzinho, um anjo, um pastor etc. Tirávamos de uma caixa em que minha Avó guardava e montávamos sobre uma forração de palha no Tajer da sala que é um móvel grande e comprido com várias portas e gavetas, onde se guardam pratos, talheres, sopeiras e outros itens para jantar.
Interessante que não me lembro de Árvore de Natal, mas o presépio era sempre o mesmo e era sagrado sua montagem.
Em nossas casas tínhamos também nossos presépios, mas não tão grandes e bonitos, porque a ceia de Natal era sempre após a Missa do Galo e na casa de minha Avó, meus pais, tios e tias preparavam tudo durante o dia.
Nós, as crianças, ficávamos aguados olhando os pudins e manjares que desfilando a frente dos nossos olhos: pernil, frango, peru, panetones, avelãs, nozes, muitas bebidas doces e saborosas. Tínhamos que nos resignar até o amém da Missa do Galo para deitarmos nossos dedinhos sobre as gostosuras.
Lembranças realmente doces e nem falei dos brigadeiros, olhos de sogra, quindins etc.
Tive uma infância muito feliz.
E me sinto abençoado em poder dividir com vocês, e mais do que nunca peço a o menino Jesus que de pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão, Feliz Natal e Próspero Ano Novo.