Profissional que atua no setor de suporte aos sistemas de Gestão Educacional narra as aventuras de um herói que lida com perdas e escolhas difíceis para amadurecer e conquistar seus objetivos
No mês que antecede o reinício da rotina escolar, as crianças suzanenses terão mais um bom motivo para se reconectar com o universo da literatura e suas histórias, tendo em vista o lançamento de um nova obra escrita por um servidor da Secretaria Municipal de Educação, que está prevista para acontecer no próximo domingo (12/01), às 19 horas, pelo canal de youtube “rodrigosantosescritor” e pelo Instagram “@rodrigosantosescritor”. O livro “Anicejara e o Resgate da Prisioneira” representa o desfecho de uma trilogia inspirada no folclore brasileiro, que conta as aventuras de um herói que lida com perdas e escolhas difíceis para amadurecer e conquistar seus objetivos, completando o ciclo de narrativas que começou com “Anicejara e a pedra do trovão” e “Anicejara e a Luz de Anhum”.
O autor é Rodrigo Moreira dos Santos, que trabalha na rede municipal desde 2006 e hoje atua no setor de suporte aos sistemas de Gestão Educacional. Foi ele quem fez a arquitetura do Sistema Informatizado Municipal de Avaliação na Educação Básica (Simaeb), uma ferramenta digital lançada em 2023 que é aplicada no início e no final do ano letivo, sendo efetuada com o auxílio de chromebooks. Estes disponibilizam provas em formatos on-line e off-line para monitorar o desenvolvimento das habilidades indicadas para alunos do 1º ao 5º ano, nas disciplinas de Português e Matemática.
Paralelamente às suas funções desenvolvidas neste e em outros sistemas da pasta, o autor usou sua criatividade para propor uma narrativa dinâmica e cheia de emoção, explorando temas universais como coragem, amizade e sacrifício. Por meio do livro, o quinto já publicado por ele, os leitores serão convidados para uma jornada final intensa e surpreendente, onde o protagonista descobrirá que, para vencer, terá que ir além dos limites que acreditava ser possível.
Sua escrita busca resgatar o folclore nacional, conectando o leitor contemporâneo com narrativas míticas e reflexões profundas sobre a vida e o crescimento. “Anicejara e o Resgate da Prisioneira” encerra a trilogia com uma aventura épica e emocionante, convidando as crianças a seguirem “Anicejara” até o fim; e, quem sabe, descobrirem um pouco mais sobre si mesmos ao longo do caminho.
Santos detalhou como buscou criar uma história que prendesse a atenção dos pequenos. “Na trama, o jovem herói Anicejara é forçado a antecipar sua missão mais perigosa: invadir o reino dos mortos, Ibi Acir Ité, para resgatar sua mãe. Com a vida de seu pai, Abaeté, por um fio, ele parte em busca de redenção ao lado de aliados leais e de um novo companheiro improvável – o lobisomem Inobi. Além dos perigos da mata encantada, onde as lendas são vivas e ameaçadoras, Anicejara precisará lidar com perdas e escolhas difíceis que moldarão o homem que ele está se tornando”, contou.
A trilogia
No primeiro livro, lançado em 2018, “Anicejara” parte em uma aventura para localizar o deus Caramuru e solicitar que ele restaure os poderes da pedra do trovão. Na jornada, ele é acompanhado pela jovem Niara e enfrenta diversas criaturas do folclore nacional: Curupiras, Caaporas, Saci Pererê, Lobisomens, Iara e o Gorjala. Ao encontrar o deus Caramuru, “Anicejara” descobre que é, na verdade, filho deste deus e que sua mãe é uma prisioneira no mundo dos mortos. Ele então retorna à aldeia determinado a resgatar sua mãe.
Já no segundo livro, após descobrir que sua mãe está viva, Anicejara pede ajuda do deus Anhum para salvá-la. Em troca da ajuda, o deus o envia em uma missão para recuperar algo muito precioso: a Luz de Anhum. Ao final, ele descobre que a Luz de Anhum é a Mãe D’ouro e também o grande amor de Anhum. Como prêmio, Anhum lhe entrega um artefato que permite que ele alcance o mundo dos mortos.
Para o autor, este livros infanto-juvenis tem como proposta ampliar a curiosidade e interesse dos leitores pelas lendas do folclore brasileiro. “A trilogia trabalha valores como amizade, autoconhecimento e o poder da amizade. Ela foi escrita propositalmente em três livros curtos, com cerca de cem páginas e ilustrados, para ser uma porta de entrada para a leitura. A ideia é capturar a atenção mesmo de quem não está acostumado a ler”, disse ele.
A secretária municipal de Educação, Renata Priscila Valencio Magalhães, destacou que um livro produzido por um escritor suzanense e servidor da pasta aproxima as crianças da história que é contada na obra. “Rodrigo trabalha na rede municipal há mais de 18 anos e conhece a realidade da nossa região. Sua vivência em todo esse tempo também contribuiu para a construção do seu repertório de informações e ajudaram a criar tantas belas narrativas, que trazem inúmeras lições de vida”, ressaltou a chefe da pasta.