A vastidão do curso do rio impressiona. Importante manancial em movimento, impulsiona as águas para o mar, ou para outro rio, podendo-se, com sua robustez, gerar energia, hidratar campos agrícolas, ser palco de locomoção pela navegação. Ao ver o suntuoso curso d´água, não se imagina o vasto processo de formação.
Na fase embrionária da formação, que se dá o nome de nascente, a água brota da terra, em pequenos fios do liquido cristalino, ocultado nos desfiladeiros dos lençóis freáticos.
A água seque o curso, franzina, tímida, vagarosa; mas constante, relutante. No caminho encontra reforços, os afluentes, que agregam a força fluvial, intensificando o volume e fluxo d´água. A partir de então, o percurso obtém novo vigor, que o encoraja na sublime missão de conduzir o precioso líquido, protagonista da navegação, da agronomia, da geração de energia, do abastecimento das represas que, por conseguinte, após trato necessário, encaminha o límpido mineral da vida às residências.
Observa-se que, sozinho o rio não teria êxito. Os recursos adicionados no percurso pelos afluentes o tornam robustos. Se fosse apenas os insumos originários obtidos na fase inicial da formação, quem garante que teria forças para vencer a maratona?
Os rios nos trazem valioso ensinamento, sobre a importância de que não vencemos sozinhos. Claro que o esforço pessoal é fator preponderante. Mas no curso do progresso, dependemos dos “afluentes” que nos dão o suporte para resistir à jornada da vida. A criança quando inicia os estudos, tem a mãe que a incentiva.
Leva a escolinha com o amor fraternal. Incentiva, elogia. No inicio da vida profissional, recebe os mesmos incentivos e, mesmo esbarrando em dificuldades típicas do ambiente laboral, sempre há um amigo, um conselheiro que o ajuda, que o fortalece.
No ambiente acadêmico, segue a mesma linha. Recebemos dos professores o conhecimento e muitos, quão sacerdócio, dispensam a paciência, o empenho com a maestria amistosa.
Algo que muito nos incentiva, nos fortalece. Mesmo aqueles que passam por maiores dificuldades, sempre encontram alguém que lhes agreguem algo.
Ninguém obtêm o êxito em carreira solo. Aliás, fazendo um paralelo, até o cantor solo possui uma equipe por trás. Instrumentistas, seguranças, coreógrafos, motoristas. Todos nós necessitamos de “afluentes”, dos quais são “influentes” em nossa vida.
Familiares, amigos, professores, filhos. Vamos valorizá-los sempre. As vezes, um simples incentivo verbal de um amigo, pode servir de elixir de ânimo para a continuidade da marcha para o progresso.
Vamos estudar com afinco, trabalhar com profissionalismo e aproveitar os “afluentes” em nossa vida, para que a correnteza de nosso rio íntimo permaneça sempre com a fluência satisfatória, no que tange a ascensão pessoal.