A pasta d’água, conhecida por seu efeito secativo e cicatrizante, viralizou nas redes sociais como um item acessível para skincare, especialmente no combate à acne e manchas. No entanto, especialistas alertam que seu uso contínuo pode trazer riscos à saúde da pele.
O que é a pasta d’água e para que serve?
A pasta d’água é um medicamento de baixo risco, registrado pela Anvisa, composto principalmente por óxido de zinco, talco, glicerina e água. Tem ação antisséptica, adstringente e cicatrizante, sendo amplamente usada para tratar irritações, queimaduras superficiais e dermatites, como a de fralda.
Benefícios comprovados
• Proteção da pele: Atua como barreira contra raios UV e microorganismos.
• Ação anti-inflamatória: Auxilia no tratamento de irritações e lesões leves.
• Redução da oleosidade: Controla o sebo e pode ajudar temporariamente na acne.
• Hidratação: A presença de glicerina confere um leve efeito hidratante.
Riscos do uso contínuo
Apesar dos benefícios, dermatologistas alertam que a aplicação prolongada e indiscriminada pode causar:
• Ressecamento excessivo: O efeito adstringente limita a retenção de água, levando à descamação e irritação.
• Alteração da barreira cutânea: Pode comprometer a camada lipídica, tornando a pele mais sensível.
• Efeito rebote na acne: O uso contínuo pode obstruir os poros e agravar quadros inflamatórios.
• Não trata melasma: Embora ajude na proteção solar, a pasta d’água não clareia manchas de forma eficaz.
O que dizem os especialistas?
Dermatologistas recomendam o uso da pasta d’água apenas em casos pontuais, como para tratar espinhas isoladas, queimaduras leves ou dermatites. Aplicações diárias e generalizadas no rosto podem ser prejudiciais.
A popularização do produto reflete a busca por alternativas acessíveis no autocuidado. No entanto, profissionais enfatizam que o skincare deve ser personalizado e orientado por um especialista para evitar danos à pele.