A recomendação de caminhar 10 mil passos por dia surgiu nos anos 1960, com a popularização do primeiro contador de passos no Japão.
A meta foi amplamente adotada, inclusive pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas estudos recentes mostram que os benefícios da caminhada começam com quantidades menores de passos.
Pesquisas apontam que 4 mil passos diários já reduzem o risco de morte prematura, enquanto cada mil passos adicionais ampliam essa proteção em 15%, até um limite de 20 mil passos. Além disso, cerca de 2,3 mil passos já trazem melhorias para a saúde cardiovascular.
A caminhada regular oferece múltiplos benefícios: fortalece músculos e articulações, melhora o equilíbrio, reduz o risco de quedas, ajuda na perda de peso e libera endorfinas, promovendo bem-estar emocional. A longo prazo, fortalece o coração, regula a pressão arterial, melhora a circulação sanguínea e reduz o risco de diabetes tipo 2 e outras doenças crônicas.
O impacto do sedentarismo é preocupante. Segundo a OMS, a inatividade física é a quarta principal causa de morte no mundo, associada a 3,2 milhões de óbitos anuais. O sedentarismo pode desacelerar o metabolismo, enfraquecer os músculos e levar a dores crônicas, principalmente em pessoas que passam muitas horas sentadas. Profissionais de saúde alertam que a falta de movimento também pode causar problemas posturais e dores nas costas.
Incorporar movimento no dia a dia é essencial. Além da caminhada intencional, atividades simples como carregar compras, limpar a casa, usar escadas em vez de elevador e caminhar enquanto fala ao telefone já ajudam a manter o corpo ativo. O importante é evitar a inatividade e buscar uma rotina com mais movimento, independentemente de atingir os 10 mil passos diários.