A morte do Papa Francisco, ocorrida em 21 de abril de 2025, marca o fim de uma era de liderança progressista na Igreja Católica.
Mais do que um lider espintual, o Papa argentino foi um ator influente no tabuleiro politico e econômico mundial, com posicionamentos que repercutiram além dos muros do Vaticano e impactaram diretamente decisões de governos, organizações internacionais e mercados financeiros.
Ele também atuou em questões econômicas e politicas globais, deixando uma marca significativa no mundo.
Suas declarações contra a desigualdade social, o desemprego estrutural e o desrespeito aos direitos dos trabalhadores foram vistas como um contraponto direto ás politicas de austeridade e à financeirização da economia. Isso colocou o Vaticano no centro de debates econômicos globais, como os promovidos pelo G20, pelo Fórum Econômico Mundial e pela ONU.
Ao longo de seu papado, Francisco demonstrou ser um lider politico ativo. Sua postura progressista, incluindo ações como a mediação entre Cuba e os Estados Unidos, fez com que a Igreja Católica se tornasse uma importante força diplomática no cenário global, defendeu o multilateralismo e condenou regimes autoritários, sem deixar de lado as críticas ao armamentismo e à exploração de imigrantes e refugiados.
Esse tipo de liderança, voltado para o diálogo e a reconciliação entre paises, refletiu diretamente nas relações internacionais, principalmente entre nações com divergências politicas históricas. Suas falas sobre o papel da politica como instrumento de bem comum incomodaram lideranças conservadoras, Francisco exigiu que paises mais ricos assumissem responsabilidades para ajudar nações em desenvolvimento, especialmente nas questões relacionadas ao aquecimento global.
Essa abordagem afetou politicas públicas e até decisões econômicas de grandes potências.
Além disso, a postura de Francisco a favor da acolhida dos refugiados também teve implicações, principalmente na Europa, onde a crise migratória gerou grandes desafios.
Ele instou os países a adotarem politicas mais humanitárias, o que afetou diretamente o gasto público e as políticas fiscais de diversas nações, a escolha do Papa também reflete mudanças nas dinâmicas sociais dentro da Igreja.
Francisco se destacou por sua abordagem inclusiva em relação a temas como a acolhida de pessoas LGBTQIA+, um ponto de contraste com as doutrinas tradicionais da Igreja. Essa atitude atraiu seguidores de diferentes partes do mundo, mas também gerou oposição interna, especialmente entre os membros mais conservadores.
A sucessão de Francisco, portanto, não será apenas um processo eclesiástico, terá consequências diretas na geopolitica internacional.
Um sucessor mais conservador poderá promover uma guinada nos posicionamentos sociais da Igreja, esfriando o diálogo com setores populares e reduzindo a influência política do Vaticano em temas como justiça social, crise climática e migração. Por outro lado, um novo Papa alinhado com a linha reformista de Francisco poderá aprofundar o papel da Igreja como solidária e governança ambiental Além disso, há impactos econômicos tangíveis ligados à figura do pontifice.
Em países onde a Igreja Católica tem forte presença institucional, como na América Latina, África e partes da Europa, o perfil do novo líder poderá influenciar desde políticas públicas até decisões parlamentares sobre temas como direitos sociais, educação e imigração.
Essas posturas influenciaram diretamente a relação da Igreja com milhões de fiéis.
Com a morte de Francisco, encerra-se uma fase em que o Vaticano exerceu influência clara sobre a agenda política e econômica global.Seu sucessor herdará um protagonismo construído ao longo de mais de uma década, mas também os desafios de um mundo em constante transformação.
O próximo Papa provavelmente terá que lidar com questões financeiras e sociais semelhantes às enfrentadas por Francisco, mas com uma abordagem que poderá ser mais ou menos progressista, dependendo de sua própria visão. Será interessante observar como ele abordará questões econômicas e políticas globais, como a desigualdade social, os direitos humanos e o papel da Igreja no século XΧΙ, onde a Igreja Católica lida com a modernização de suas doutrinas e sua relação com as novas gerações de fiéis.
O impacto pode se estender também à influência política do Vaticano, uma vez que as posturas adotadas pelo Papa influenciam diretamente o comportamento de lideres politicos, principalmente nas áreas de diplomacia e cooperação internacional.
Mas uma coisa é certa o Papa continua a ser uma figura central nas discussões sobre as grandes questões sociais e políticas que moldam o mundo de hoje.
