Como tudo que se relaciona ao gênero humano é um conceito abstrato: na física comumente se diz que é a energia potencial transformada em energia cinética. Newton postulou três leis que falam do movimento da inércia e da tendência a se manter me movimento. Na Gênese o homem foi expulso do paraíso sendo condenado a se sustentar pelo trabalho.
Demorou para que essa ideia de que trabalho era castigo mudasse para a ideia de que o trabalho dignifica o homem (humanidade).
Meu pai dizia que: “o trabalho é bonança, pena que cansa.” E é verdade, quando se trabalha o cansaço vem, mas quando fazemos por prazer nem notamos o tempo passar. Fica a dica: “trabalhe com amor ao que faz”. Eu, por exemplo sempre me dedico 110% ao que estou fazendo e as recompensas são imensas.
Gosto muito de escrever. Publicar neste jornal me traz uma satisfação indescritível, que, talvez, nossa editora nem saiba mas o sentimento de pertencimento de algo tão grande e abrangente traz uma recompensa fantástica.
Voltando ao conceito de trabalho também podemos dizer que implica em transformação, da matéria bruta para a obra acabada, do conhecimento para o movimento e em outras milhares de miríades que se espalham com uma pequena ação.
Não existe trabalho desonesto, pois como vimos ele foi elevado a um pináculo de dignidade, existem sim obras maldosas que não merecem a auréola de ser chamado de trabalho.
Mesmo que tentem revestir, com louros dourados, as más intenções transparecessem e deturpam a santidade do trabalho.
O primeiro trabalhador que aprendemos a respeitar são nossos pais, estoicos que são em prover tudo que necessitamos desde a nossa pueril idade até o dia que as forças se esvaem de seus braços e pernas.
A primeira notícia de trabalho fora de casa normalmente é em alguma comunidade religiosa e depois na
escola.
Aí as coisas começam a tomar forma mais solida e contextual, nos tocando de forma indelével para garantir nossa subsistência e a preservação da espécie.
As leis em nosso país protegem o trabalho, a livre iniciativa, a propriedade física e intelectual e os direitos fundamentais e coletivos. Mas a real garantia desses direitos não está na figura estatal, ou em nenhum órgão público ou particular, está descrito na frase do grande Thomas Jefferson “O preço da liberdade é a eterna vigilância”
“Que seja provido pão a quem tem fome e fome de justiça a quem esbanja o pão.”