InícioAndré MeloO CARRINHO DE MERCADO

O CARRINHO DE MERCADO

Após embarcar as compras no carro, Mary deixou o carrinho do mercado atravessado na vaga vizinha e saiu. Em seguida outro automóvel ocupou sua vaga. Era dia de pagamento, por isso o estabelecimento estava lotado. Um senhor idoso aproximou-se da única vaga disponível, ocupada pelo carrinho deixado. Desceu do carro com dificuldades e o tirou , colocando-o em local que não atrapalhava o transito de veículos automotores e na sequência retornou ao veículos e o estacionou. A filha de Mary, Rubia, de 7 anos de idade, observou pela janela a dificuldade do senhorzinho para desobstruir a vaga e pensou que, se a mãe tivesse deixado o carrinho em local apropriado, pouparia o trabalho do vovô.
Perplexa, perguntou a genitora se o correto não seria levar o carrinho em local que não atrapalhasse, quão não foi sua surpresa com a resposta da mãe: o mercado possui empregados para isso.
Mesmo com o profundo respeito dispensado à mãe, algo intrigava a garota. Vendo a dificuldade do velhinho na locomoção, pensou que um simples gesto poderia poupá-lo de tanto trabalho. Mas enfim…
Passados algumas semanas, Rubia após degustar um chocolate no mesmo estabelecimento, jogou o papel no chão e a mãe admoestou-a informando que não custaria nada caminhar alguns metros e jogar na lixeira. A menina redarguiu o seguinte: mamãe, não há funcionários da faxina para limpar? A zelosa mãe explicou a garotinha que, não é porque há pessoas que limpem que devemos sujar. Existe compartimentos para depositar o lixo, sendo a higiene responsabilidade de todo cidadão. Em gesto positivo com a cabeça Rubia concordou.
Finda as compras, Mary levou-as até o carro e logo após acondicioná-las no porta malas, Rubia, sem nada dizer pegou o carrinho e o conduziu para local seguro. A mãe, perplexa, observou que a filha entendeu o significado de ter empatia e cidadania e ao mesmo tempo lembrou de sua postura dias antes, do qual gerou um mau exemplo.
A cooperação é indispensável numa sociedade. Pensar no próximo, colorar-se em seu lugar. Exercer a cidadania. Demonstrar que merece viver em um mundo civilizado. Não é porque existe gari que devemos jogar lixo na rua, não é porque existe polícia que devemos abusar da sorte e não cuidar dos objetos pessoais. Não é porque existem médicos que não seja imprescindível prevenir doenças com cuidados básicos. Um gesto simples pode fazer grande diferença na vida do próximo. Empatia é a definição. Do mesmo modo que gostamos de ser respeitados, devemos respeitar. Uma ação de cortesia é tão simples, mas que faz uma grande diferença na vida do próximo.

André Luiz Costa de Melo Escrivão de PolÍcia- 1º DP de Suzano

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