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Dia Nacional dos Povos Indígenas: como um serviço criado há pouco tempo faz muito pelas aldeias

Inaugurado no início de abril, o CCInter “Estrela do Amanhã” é voltado para as aldeias locais da região de Pirituba/Jaraguá

No extremo norte da capital, no bairro de Jaraguá, estão localizados sete grupos indígenas: as aldeias Tekoa Ytu, Tekoa Pyau, Itakupé, Yvy Porã, Ita Endy, Itáwera e Aldeia Ytu. Elas, assim como a maioria dos povos tradicionais indígenas no Brasil, enfrentam desafios e barreiras diárias simplesmente por serem quem são. Invasão de seus espaços de moradia e convivência, preconceito em ambientes públicos e a continuidade de sua cultura ameaçada pela modernidade preocupam e afetam o dia a dia dos moradores das aldeias.
Com o intuito de promover mais um espaço para que a população indígena de São Paulo possa ensinar e perpetuar sua cultura, o Centro de Convivência Intergeracional (CCInter) “Estrela do Amanhã” foi inaugurado no dia 1º de abril deste ano e já está em pleno funcionamento. A aproximação das aldeias com o serviço está acontecendo aos poucos, uma vez que, não só na região, mas como em toda a rede socioassistencial de São Paulo, o serviço é o primeiro voltado para pessoas indígenas.
Jonatas Fernandes Martins, em português, ou Karai Djekupe, em guarani, tem 39 anos, é morador do território indígena de Jaraguá e trabalha no CCInter como técnico de educação física, curso no qual se formou em grau superior. Ele também já passou por situações difíceis envolvendo preconceito ao longo da vida e pensa que o serviço em que trabalha pode ser um ponto de partida para algo ainda maior.
Karai Djekupe acredita que o equipamento seja de extrema importância, principalmente para os jovens do Território Indígena, que acabam sendo atraídos por celulares e telas. “Eles acabam tendo desinteresse por conhecerem a história do próprio povo. São muito propensos a sair do caminho e, quando não estão na escola, têm muito tempo ocioso”, comenta.
Agora, com o CCInter, o educador físico tem esperança de que as tradições das aldeias sejam perpetuadas com maior facilidade e adesão dos mais jovens. “Podendo estar nesse equipamento, eles têm a chance de cuidarem de sua saúde tanto física quanto mental.
Também é importante, pois todas as atividades desenvolvidas aqui dentro vêm do Guarani, e isso fortalece nossa cultura e resgata a participação de pessoas da tribo que perderam parte do interesse por ela. Estou muito empolgado e muito esperançoso com o futuro do CCInter”, finaliza Jonatas antes de definir o novo serviço como indispensável.
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