Nos últimos tempos, ouvimos muito falar sobre autovalor, cuidados pessoais, cuidados com o corpo, com a mente. E realmente, todas essas coisas são muito importantes, porém, precisamos identificar qual o real propósito destes cuidados.
Atualmente, principalmente neste período pós-pandêmico, o acesso a informações por meio virtual, aumentou de maneira significativa, e com isso também, o alcance das pessoas por conteúdos, que anteriormente eram, restritos a um determinado público.
E, se por um lado isto é
muito bom, porque pessoas que nunca pensaram em determinados cuidados, hoje estão procurando se cuidar, se alimentar melhor, fazer exercícios…. Mas será que com isso a autoestima das pessoas está mais elevada?
A autoestima, é a percepção que a pessoa tem sobre si mesma, ou seja, o sentimento de si e a vivência do próprio valor a respeito de um sistema de ideais.
Não tem relação em ser uma pessoa esnobe, mas uma pessoa que tem consciência do seu potencial, e explora suas qualidades da melhor maneira possível.
Muitas vezes, pessoas procuram seguir perfis de pessoas que falam sobre vida saudável, ou dão dicas como viver melhor, não com o intuito de seguir um exemplo, mas tentam incansavelmente ser como aquele “personagem” que admiram nas redes sociais. E aí que está o problema, pois o que era para ser saudável, acaba tornandose um obstáculo, porque perde-se a sua identidade, e frustram-se porque jamais vão alcançar resultados como outra pessoa, porque somos seres individuais, com metabolismo e histórias de vida diferentes.
Ter a autoestima elevada, é quando nos conhecemos, ressaltando o que temos de melhor, reconhecemos os nossos defeitos, e com base nestes conhecimentos, procuramos equilibrar esses dois elementos, com o objetivo de ser uma pessoa melhor para si mesmo e para as demais pessoas.
As escrituras sagradas declaram em Romanos 12,3: “Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu”.
Nesta citação, o Apóstolo Paulo, nos dá a fórmula de como manter o equilíbrio perfeito, para que o nosso conceito sobre si mesmo, não se eleve de tal forma, chegando à soberba, ou aconteça o inverso, para que a pessoa não se sinta tão inferiorizada, chegando perto de uma depressão.
Lívia Sperandio Psicóloga e ministra de Louvor.