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A decisão mais importante

Por Gab Saab

Desde criança, a mulher é incentivada a brincar de boneca e casinha, em menção ao cuidado com a família. Os desenhos infantis reafirmam ludicamente o ideal para uma princesa: encontrar seu príncipe encantado e viver feliz para sempre. 

Quando adultas, a prática é outra. As mulheres comumente estudam, trabalham, escolhem um parceiro, constituem família e esse é ponto que pode mudar suas vidas para melhor ou, pior.  

Por um lado, se a mulher encontra um companheiro emocionalmente maduro e com sabedoria para apoiar e incentivar o seu sucesso pessoal e profissional, entendendo que juntos poderão ir mais longe, há a possibilidade de sucesso pleno em todas as áreas da vida do casal.  

Por outro, muitos são emocionalmente imaturos e, culturalmente, agem de forma abusiva quando acreditam ter o domínio do outro. A escolha de um companheiro com essas características pode fazer a vida da mulher andar para trás.  

Depois do casamento, alguns maridos ainda acreditam que lugar de mulher é na cozinha, pois lá, ela será apenas dele e estará a seu serviço. Esse tipo de parceiro não apoia seu crescimento profissional, pois não aceita a companheira em uma posição de destaque e superior a dele.  

Ao “puxar o tapete” da companheira, o homem faz com que ela assuma a administração do lar e da família, enquanto ele detém posse das finanças, gerando conflitos entre o casal. 

É uma questão egóica e a consequência pode ser devastadora, porque, atualmente, as mulheres entendem seu valor e reconhecem seu potencial.  

No relacionamento disfuncional, ela se deprime e por vezes adoece, enquanto almeja a separação. E, nessa hora, o príncipe vira sapo.  

A união normalmente é atrelada aos bens do casal e, quando a mulher opta pela liberdade e desenvolvimento profissional, a consequência é o divórcio. Este caminho pode ser árduo, porque um companheiro com essência controladora potencializará seu domínio nessa fase.  

Enquanto lutam judicialmente para desfazer a união, dividir bens e acertar questões de filhos, a mulher continuará de alguma forma unida àquele homem, em meio a conflitos, patrimônio bloqueado ou desviado e filhos com desenvolvimento emocional e material comprometido.  

O fato é que o casamento é a escolha mais importante da vida da mulher. Essa bifurcação pode levá-la ao sucesso ou ao retrocesso.   

Hoje, mulheres buscam autonomia para conciliar família, vida social e alcançar uma carreira bem-sucedida, afinal, lugar de mulher é onde ela quiser.  

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