Suzano realiza 1ª Conferência Municipal da Promoção da Igualdade Racial com foco em justiça e reparação

Evento ocorre neste sábado (17/05) na escola Antônio Marques Figueira e reunirá debates, atrações culturais e propostas pela equidade racial

Suzano terá neste sábado (17/05) a 1ª Conferência Municipal da Promoção da Igualdade Racial, um marco significativo no fortalecimento das políticas públicas voltadas à equidade racial no município. Organizado pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), com apoio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, o evento será realizado na Escola Municipal Antônio Marques Figueira (rua Sara Cooper, 27 – Centro), das 8  às 17 horas, e deve atrair membros do Poder Público, autoridades e a sociedade civil.

Com o tema central “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”, a conferência pretende ampliar o debate sobre a superação das desigualdades raciais, fomentar a construção coletiva de propostas e reforçar o papel da sociedade civil na formulação e acompanhamento de políticas públicas.

“A conferência é um convite ao diálogo e à ação coletiva. Ela pretende fortalecer a articulação entre o Poder Público e a sociedade civil, promover escuta ativa e gerar encaminhamentos concretos que resultem em avanços reais na promoção da igualdade racial em Suzano. É muito importante a participação massiva da população para debatermos esse assunto fundamental para nossa sociedade”, declarou a presidente do Compir, Dayane Indiara Silva.

Para o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Geraldo Garippo, trata-se de um momento histórico para a cidade. “É um evento único. A realização dessa primeira conferência reforça o nosso compromisso com políticas públicas que garantam dignidade, visibilidade e reparação histórica à população negra e aos povos tradicionais”, afirmou.

A programação terá início com café e credenciamento dos participantes, seguido por uma apresentação cultural com os alunos da Escola de Capoeira Baraúna. O encerramento ficará com as crianças do projeto Juventude Kolping, com o professor Mazinho. Em seguida, serão executados o Hino Nacional e o Hino de Suzano. Após a abertura oficial, será realizada a leitura e aprovação do regimento interno da conferência, documento que norteia o funcionamento dos debates e votações durante o evento.

Um dos momentos mais aguardados será a palestra principal, que será conduzida pela advogada Alcione Santos, ativista negra, palestrante sobre a questão racial no Brasil e que possui um extenso currículo sobre o tema. A atividade irá provocar reflexões sobre os desafios estruturais da desigualdade racial no País e propor caminhos para a efetivação de uma justiça reparadora, que reconheça os impactos históricos do racismo e proponha ações concretas de enfrentamento.

Logo após, os participantes serão distribuídos em seis salas temáticas, com foco nos seguintes eixos: Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Povos de Terreiro; Mulheres Negras; Povos Indígenas, Ciganos e Quilombolas; Juventude Negra; População Negra LGBTQIA+; e Educação. Cada sala contará com mediadores convidados e com a relatoria dos conselheiros do Compir, que ficarão responsáveis por cada eixo. Haverá ainda uma sala lúdica para crianças, permitindo que mães, pais e responsáveis possam participar das discussões com tranquilidade.

Após o almoço, a programação segue com a plenária geral, momento no qual as propostas discutidas nas salas serão apresentadas para deliberação coletiva. Também ocorrerá a eleição dos delegados que representarão Suzano nas etapas regionais ou estaduais do processo conferencial. No encerramento, os participantes assistirão a uma nova apresentação cultural e receberão kits lanche como cortesia do evento.

Garippo ressaltou ainda que a conferência é apenas o início de um processo que precisa ser contínuo. “Não estamos apenas realizando uma conferência, mas inaugurando uma nova etapa no debate público de Suzano. A igualdade racial precisa ser uma pauta permanente e transversal em todas as políticas públicas. Essa conferência é o início de um ciclo que não pode mais ser interrompido”, afirmou.