Exibições deste mês contarão com mostras voltadas à valorização de filmes nacionais; atividade é gratuita e atende diferentes públicos
O Cineteatro Wilma Bentivegna (rua Paraná, 90 – Centro) definiu a programação de filmes para junho. As atividades contarão com duas mostras, sendo uma delas “Hora do Recreio”, que abordará animações, e “Viva o Cinema Nacional”, voltada para clássicos do cinema brasileiro. Ambas ocorrem por meio do programa “Pontos MIS”, sempre às quartas-feiras.
Ao total, serão oito sessões gratuitas que irão ocorrer entre os dias 4 e 25. Para assistir, é preciso chegar com antecedência para garantir um dos 96 lugares que serão preenchidos por ordem de chegada.
A mostra “Hora do Recreio” é voltada para o público infantil e vai acontecer sempre às 14h30, com filmes livres para todos. Já a mostra “Viva o Cinema Nacional” será exibida sempre às 19 horas e possui obras com diferentes classificações indicativas.
A primeira exibição será no dia 4 com a “Mostra Infantil de Curtas”. Durante 80 minutos, o público poderá apreciar oito produções nacionais e internacionais. Um dos destaques é “If the Dogs Don’t Talk” (2024), do norte-americano Toritse Ogbem, que narra a história de três cachorros que recebem um estranho em casa, provocando situações inusitadas.
Na sequência, “Lar doce Lar” (2024), da brasileira Eliane Pousadas, apresenta uma bruxa solitária que decide preparar um bolo mágico para atrair amigos até sua casa. Outro curta é “Dona Dalva: O samba e a roda viva” (2024), dirigido por Kleber Mazziero, que retrata a trajetória emocionante de Dalva, uma matriarca do samba e guardiã de uma tradição musical que resiste ao tempo. Também será exibido “O Menino Incrível” (2024), dirigido por Malu Gonzaga, que conta a história de Luiz, um garoto com deficiência visual que descobre novas sensações e emoções.
As últimas quatro películas também prometem entreter o público infantil com repertório cultural. “Pedro Bom de Bola” (2024), dirigido por Édier William Medeiros, mostra um garoto apaixonado por futebol que sonha em ser um grande jogador. O problema é que ele não leva jeito com a bola. Do mesmo diretor, “Planeta Fome” (2025) apresenta uma poderosa crítica social, um mundo onde a fome virou moeda de troca.
Na ordem “Paixão Viral: Até que a Imunidade nos Separe” (2024), de Pedro Loyola, propõe uma aventura microscópica e educativa com Victor, um vírus que invade o corpo de uma jovem mulher. Encerrando a mostra, “Dona Biu” (2025), de Gabriela Taulois, é um curta de animação sobre uma curandeira respeitada por sua sabedoria e rituais cotidianos.
Já as 19 horas, do mesmo dia, a mostra “Viva o Cinema Nacional” irá exibir “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964). O clássico, dirigido por Glauber Rocha, é considerado uma das cem melhores obras brasileiras de todos os tempos e aborda a história de Manoel e sua mulher, Rosa, que enfrentam uma dura vida no interior do País depois de perderem seu único gado. A película, com 123 minutos, é indicada para maiores de 14 anos.
No dia 11, a animação “Minhocas” (2014) conta a história de Júnior, uma minhoca determinada a salvar seus amigos de um tatu-bola que deseja tornar todas as minhocas escravas. O filme é dirigido por Paolo Conti. Já no período noturno, “Terra em Transe” (1967), também de Glauber Rocha, é um drama para maiores de 14 anos que retrata a intensa jornada do jornalista e ativista Paulo Martins, que busca transformar a política da fictícia república de Eldorado, por meio de uma controversa aliança com líderes poderosos.
Seguindo a programação, no dia 18, a animação “Perlimps” (2022), dirigida por Alê Abreu, mostra a jornada de Claé e Bruô, duas criaturas mágicas que decidem se unir para acabar com o mal que assola a floresta. Mais à tarde, o filme “Barravento” (1967) é recomendado para maiores de 18 anos, aborda as dificuldades enfrentadas por uma pequena vila no interior do Brasil em conseguir comida e água por conta de um feitiço lançado sobre os moradores. A obra é o primeiro longa-metragem de Glauber Rocha.
Para encerrar, no dia 28, a mostra “Hora do Recreio” exibirá “O Garoto Cósmico” (2007). Com 116 minutos, a aventura criada por Alê Abreu acompanha a jornada dos irmãos Cósmico, Luna e Marinho, que se aventuram pelo espaço em busca de respostas e se deparam com um planeta infinito, repleto de mistérios e segredos. Já a mostra “Viva o Cinema Nacional” trará aos presentes a obra “O Cangaceiro” (1953), dirigida por Lima Barreto. A ação retrata a história de amor improvável entre um membro do grupo dos cangaceiros e sua vítima. A história, que se passa na caatinga nordestina, é para maiores de 14 anos.
O prefeito Pedro Ishi destacou a importância de promover atividades como essas para o município. “Suzano recebe uma nova programação de filmes todos os meses. O nosso objetivo é fazer com o que todos os munícipes tenham acesso às grandes obras do cinema brasileiro e mundial de forma gratuita e diversificada”, declarou o chefe do Poder Executivo municipal.