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CEV da Notredame recebe representantes da operadora

A CEV (Comissão Especial de Vereadores) da Notredame recebeu na noite desta quarta-feira, 3, a equipe da operadora HapVida Notredame Intermédica a fim de apurar queixas dos beneficiários em relação aos serviços do plano de saúde. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente do colegiado temporário, Iduigues Martins (PT), com a presença de Inês Paz (PSOL), integrante da Comissão Especial, e do presidente da Casa de Leis, Francimário Vieira (PL), o Farofa.

Também faz parte da CEV da Notredame o vereador Mauro Yokoyama (PL), representado no encontro por sua assessoria parlamentar.

Responderam em nome da empresa Renata Vieira, gerente de pós-vendas, e Felipe de Albuquerque Moreira, diretor clínico do Hospital Santana.

Iduigues explicou as razões que o fizeram criar a Comissão. “A CEV foi constituída por causa das reclamações dos beneficiários, especialmente dos servidores da Prefeitura e da Câmara. São as mais diversas queixas, tanto de funcionários ativos como de aposentados: demora na marcação de consultas, cancelamentos de cirurgias, dificuldade para realizar exames e procedimentos, entre outras insatisfações”.

Farofa pediu colaboração para que o relacionamento entre contratantes e contratada melhore. “É fundamental a gente construir um bom relacionamento com a operadora. Os vereadores querem que os servidores sejam bem-atendidos. Mas queremos soluções amigáveis, firmadas no diálogo”.

Iduigues falou sobre a continuidade dos trabalhos. “A CEV tem 180 dias para trabalhar. Ainda temos mais três meses e meio de trabalho. Neste período, daremos continuidade ao diálogo. Vamos fazer uma visita para conhecer todas as mudanças feitas lá no Hospital Santana. Além disso, vamos acompanhar as reclamações pontuais. Este é o papel da CEV”.

Renata disse que será montado um plano de ação comunicacional. “Estamos abertos para ouvi-los. Isso traz melhorias. Vamos fazer um plano de ação envolvendo a comunicação para facilitar o acesso aos serviços e aos esclarecimentos de dúvidas”.

“Agradeço a todos os apontamentos feitos e vamos acompanhá-los para apresentar soluções em breve”, disse o diretor-clínico.

Triagem no pronto-socorro

Reclamações deram conta de que não haveria mais triagem de pacientes no Pronto-Socorro do Hospital Santana. Moreira, diretor clínico do Hospital Santana, explicou que o filtro de pacientes nunca deixou de ser utilizado, mas admitiu a substituição por um novo método.

“Estamos adotando um novo modelo de triagem. Sempre trabalhamos com triagem, sem nunca deixar de adotá-la. Ela é fundamental para diferenciar um paciente crítico de um paciente menos crítico. Adotando as metodologias mais famosas, o paciente menos crítico poderia esperar de duas a até quatro horas para ser atendido. No entanto, no modelo utilizado atualmente, trabalhamos com uma média de espera de 15 minutos para todos os pacientes. Obviamente, um paciente classificado como vermelho entra direto para a sala de emergência”.

Falta de controle no acesso à UTI

Entrada sem controle na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi outra insatisfação apresentada na reunião. Por um lado, os pacientes elogiam a humanização, já que familiares podem entrar em contato com os internados na unidade sem restrições. Porém, há o temor de contaminação.

 “Não se encontra em outro hospital de Mogi outra UTI que dá acesso 24 horas aos familiares. Fica um sinal de alerta para essa flexibilidade além do que se espera. Estamos remanejando a equipe de gestão de acesso e vou verificar. Antes, era só uma hora no dia que se permitia a visita na UTI. Mudamos porque acreditamos que o contato com os familiares facilita a recuperação precoce do paciente”, disse Moreira.

Funcionários da operadora na Câmara

Servidores solicitaram a colocação de funcionários da HapVida na sede do Legislativo a fim de orientar os servidores da Casa de Leis, a exemplo do que já acontece na Prefeitura. Renata, gerente de pós-vendas, fez outra proposta. “Os servidores da Câmara podem acionar as funcionárias da operadora que ficam na Prefeitura. Em relação às empresas, pedimos que o RH acione o nosso suporte para o levantamento das demandas”.

Descredenciamento de terapias para portadores de TEA

Inês Paz (PSOL) pontuou sobre o descredenciamento de clínicas que prestavam serviços de terapias para pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). “As terapias foram totalmente descredenciadas, sem mais nem menos”.

Moreira disse que não há demanda reprimida nesse tipo de atendimento. “Retomamos o credenciamento de terapias de ABAS [Applied Behavior Analysis ou Análise do Comportamento Aplicada]. Hoje, não temos reclamações sobre esse tema, aliás, temos até vagas sobrando para atender esse público. Existem critérios específicos de indicação estabelecidos pela ANS [Agência Nacional de Saúde]. É tudo muito novo. Há preocupação em taxar uma criança tão jovem com um diagnóstico que ela não tem”.

Estrutura supostamente insuficiente do Hospital Santana

Inês Paz questionou a capacidade do Hospital Santana de suprir todos os beneficiários da operadora na Cidade. “O hospital está muito bonito, mas sinto que ele é muito pequeno para atender à demanda de uma Prefeitura e de uma Câmara do porte de Mogi das Cruzes. As pessoas reclamam de esperar horas na fila pelo atendimento. Dizem que fora de Mogi os serviços são bons. Mas os beneficiários não querem sair de Mogi. Vejo limites para a capacidade do Hospital Santana”.

Moreira negou a incapacidade e disse que há planos de aumentar os serviços. “Nossa meta é agendar as cirurgias dentro de 30 dias após a solicitação do cirurgião.  Temos margem para ampliar nosso número de cirurgias”

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