Janeiro

É o mês mais longo do ano, não em dias, mas em encargos. São muitos impostos a serem pagos, muitas responsabilidades, e embora a jornada ao redor do Sol seja ininterrupta, é uma espécie de sessão de continuidade, divisor de águas entre uma etapa e outra.
O ano não começou efetivamente, ainda estamos em férias escolares, o que de certa forma alivia o stress, ao menos no trânsito.
Muita gente ainda não voltou das viagens. Estou escrevendo no dia 9 de janeiro e ainda estamos meio que na ressaca das festas do fim de ano.
As promessas feitas na passagem de 2024 para 2025 ainda estão vívidas em nossa memória, e eu, maquiavelicamente, estou tocando nessa ferida. Muitas promessas são exequíveis outras mais ou menos, e outras, bom deixa essas pra lá.
Uma coisa é certa: todos prometemos que seremos melhores neste ano do que fomos até agora, e isso não é tão difícil assim.
Existem várias receitas infalíveis para melhorar. Eu acho que a tolerância é a única que dá certo.
Mas ser tolerante não quer dizer ser conivente, nem subserviente; ser tolerante no meu entendimento é reconhecer as limitações dos próximos, aceitar o que não pode ser mudado.
Não significa de jeito nenhum que temos que concordar ou não, devemos expor nosso ponto de vista, mas sim, respeitar o que o outro pensa por mais contrário que seja a nossos princípios.
Uma sábia disse uma vez, “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” (Evelyn Beatrice Hall).
Esse é o espírito de um debate saudável. Sempre que alguém se arvora no direito de reprimir a liberdade de expressão o estado de direito se ressente. As pessoas têm o direito de se manifestar e de assumir a responsabilidade do que for dito.
Também não é uma carta branca, onde  pode-se fazer o que quiser e não haverá consequências. A terceira lei de Newton se aplica a tudo:“quando se aplica uma força em um sentido,existe contra ela uma força igual em sentido contrário”.
Se eu falo “X”, tenho que arcar com “Y”, de mesma intensidade em sentido contrário.
Os antigos diziam, “Escreveu, não leu, o pau comeu!”, acho que assim  fica bem claro.
O mundo está passando por mais um salto evolucionário, se o fenótipo não acompanhar o genótipo, haverá choro e ranger de dentes.
Este ano não temos eleições, mas fiquem atentos com o que está acontecendo no cenário mundial, nacional e municipal. Agora precisamos mais do que nunca ter em mente que a fome de justiça é muito pior do que a fome de pão.
Mas, rogo, oro, rezo, recito o mesmo mantra de sempre, ”Que Deus dê Pão a quem tem fome e Fome de Justiça a quem tem Pão”.
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