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Ceia de Natal mais cara faz consumidor buscar alternativas para manter tradições na mesa

Com alta de até 10%, especialista alerta para o impacto no orçamento das famílias que procuram produtos típicos das festas de fim de ano

Com a chegada das festas de fim de ano, as tradicionais ceias de Natal prometem ser mais caras em 2024. O aumento de até 10% no preço dos alimentos típicos dessa época, como peru, chester, panetone, frutas, vinhos e ingredientes para sobremesas, está preocupando as famílias brasileiras, que já enfrentam uma inflação elevada. A alta nos custos de produção, os desafios logísticos e as questões climáticas são os principais responsáveis por esse reajuste nos preços.

Gustavo Defendi, sócio-diretor da Real Cestas, empresa com mais de 20 anos de experiência no mercado de cestas básicas, explica que o aumento dos preços é um reflexo direto da alta nos custos de produção e no transporte. “A inflação, o aumento nos preços do combustível e as dificuldades climáticas que afetaram algumas safras são os fatores que mais impactam o preço dos produtos. Itens como o peru, que são essenciais nas ceias natalinas, já registram aumentos de até 8%, enquanto outros produtos como chester, frutas frescas, panetones e vinhos têm aumento médio de 5% a 10%. Além disso, a escassez de alguns materiais primários, causada por fatores climáticos e dificuldades de transporte, também eleva os preços, especialmente nos supermercados mais deficientes dos grandes centros”, afirma Defendi.

O aumento no custo da ceia afeta principalmente as famílias de classe média e baixa, que costumam investir mais nos produtos sazonais e nas cestas de Natal. Dados da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) indicam que 40% das famílias brasileiras terão que ajustar suas compras neste fim de ano, priorizando produtos mais baratos ou fazendo escolhas mais modestas para reduzir o custo das festas.

Com a alta nos preços, as famílias estão optando por alternativas mais econômicas, como carnes mais baratas e porções menores, além de ajustarem os acompanhamentos para que a ceia não pese tanto no orçamento. “O consumidor está mais atento ao custo-benefício. Por isso, as opções de cestas e ceias mais simples, mas que mantêm a tradição, estão se tornando mais populares”, aponta Defendi.

A crise nos custos logísticos também tem dificultado a distribuição eficiente dos alimentos. O transporte de produtos perecíveis, como frutas e carnes, ficou mais caro devido ao aumento do preço do combustível e à falta de infraestrutura em algumas regiões. Isso tem impactado diretamente o preço final dos produtos nas prateleiras.

Com o aumento dos preços, é essencial que os consumidores fiquem atentos às promoções e ofertas, especialmente nas semanas que antecedem o Natal. Estratégias como descontos e combos promocionais têm sido uma boa alternativa para economizar. “Supermercados e empresas de cestas básicas estão se adaptando, oferecendo alternativas que garantem uma ceia completa, mas com menor custo”, conclui Defendi.

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